quinta-feira, 31 de maio de 2007

AH..DÊEM-ME ROSAS

Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.
E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas...
E o vetusto caminho,
de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.
Assim sou dois,
o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração,
a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.
Ah, dêem-me rosas,
e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego,
a minha alma!