LEMBRO. DE MINHA INFÂNCIA
Lembro, de minha infância, que já era adulto
Antes de ser criança. Fascinado me via,
Com o que o mundo me dava a ver – indulto
Da natureza que, presente, nada escondia.
Lembro ainda, se a memória não me atraiçoa,
Lembro ainda, se a memória não me atraiçoa,
Que me sentia o defensor do mais fraco –
Não cabe aqui a demérita e astuta loa,
Quando vinham até mim vítimas de maltrato.
Muitas lutas travei para defender o inerme,
Muitas lutas travei para defender o inerme,
Mas aqui a nada nem a ninguém deve,
Se a escolha se fez com a própria epiderme.
Hoje sigo com as mesmas convicções,
Hoje sigo com as mesmas convicções,
Argonauta da estratosfera, que nada teme,
Porque não entra em dúbias contradições.
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