sábado, 8 de dezembro de 2007

A TERRA EM QUE NASCI

Desta terra em que nasci,
tenho muito o que falar,
pois foi aqui que aprendi
a declamar o verbo amar.

Amo tanto o meu povo,
dele, tenho pena do sofrer,
é corajoso, trabalhador,
não consegue se aborrecer...

Sofre penúria um tanto
às vezes, até me espanto
da humildade, da esperança,
que ele tem lá no fundo:

um Brasil melhor pros seus filhos,
esgotos em todas as ruas,
água potável pra todo mundo,
trabalho todo dia; e não se cansa

de acreditar em político,
crê:" -tem aparência, então é bom!
Voto nele com certeza,
e não vai haver corrupção!"

Desta terra em que nasci,
Virgem Santa! Ave Maria,
tenho muita história pra contar:
escola a céu aberto,

ou pra desmoronar...
Eu mesma dei aulas!
Há escolas em que não se pode
na parede encostar...

O choque vem que vem pegando,
assustando a toda gente,
até aquele que é crente
de que o governo faz o melhor...

Minha gente, minha gente,
realmente o país vai melhorando,
mas é tão lentamente...
a cartilha velha sei de cor:

"Uma cesta básica
que não dá pra trinta dias,
uma camiseta do partido,
promessa e mais promessa

que nunca se realiza!"
E a tal da CPMF?
'Imposto sobre movimentação financeira'
todo mundo paga!

E...procure um hospital!
É uma canseira!
Não há médicos, nem remédios,
morrem pessoas sem atendimento

Que país é este minha gente?
Em que o povo não tem valor?
Só vale o que pesa na eleição!
Sem saber, o povo prejudica a nação!

Desta terra em que nasci,
tenho muito o que falar,
pois foi aqui que aprendi
a declamar o verbo amar.

Pois então compatriotas,
deixemos de ser idiotas,
exijamos o que merecemos,
brademos: Esta pátria, não merecemos!

Eu poderia aqui continuar,
apontando tantos erros,
mas prefiro conjugar
o bem-aventurado verbo...Amar!