segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O BOM FALANTE E O TÍMIDO

Há uma certa afinidade, com os bons falantes,
Da timidez todos fogem ledos, qual embaraço,
Mas antes tímido, só, que pessoas petulantes,
Que vivem pla arrogância e pla força do braço.

No fim mais não são, que uns belos farsantes,
Vivendo entre fronteiras brutalizados plo traço,
Que os néscios riscam no chão, vil ignorantes,
Não dividindo com ninguém, qualquer pedaço.

E os que assim agem, falando plos cotovelos,
Em nada acrescentam à vida de quem escuta
Perdendo seu tempo precioso, só para velos.

Já o tímido sabe qual é o seu lugar no mundo,
Sai à rua enfrentando tudo e todos sua labuta,
Em nada se parecendo com um ser infecundo.