quarta-feira, 28 de novembro de 2007

TRANSFORMAÇÃO...

Sentidos de sentimentos e arrogâncias.
E as ignorâncias das vidas e passados...
E as vigências de dores e eternos gritos...
E as buscas por todos os infinitos...
E os inimigos do amor em harmonia,
transformam e conseguem , na poesia,
seu lugar de desespero e dor.
É noite, a escuridão retoma sua instância.
E com a constância dos perseverantes
viaja, por entre os desesperados viajantes
da mais pura agonia, rumo ao nada!
Faz-se silencio na madrugada chegada.
Ao longe vibrando ainda em cordas estendidas
as roupas mal lavadas das feridas,
dos desencontros infortuitos do amor!
Como sofre o sofredor da desilusão.
Como seu coração descompassa
e passa apertado por sentimentos contraditórios,
nas angustias do não conseguir compreender.
Viver, sofrer, chorar, gritar, pedir, morrer...
E as palavras negativas se avolumam em profusão.
A paixão tomada de repente por mãos ferozes
se agita, se debate, em dores atrozes,
nas tentativas persistentes do não desistir.
Quer ver de novo o doce sorrir.
Quer mais uma vez ser o alvo principal
das quimeras primaveris, tão longe jogadas.
Há de se fazer forte e verdadeira.
E ao se tornar , mais uma vez, poesia altaneira,
há de gritar aos quatro cantos, com altivez.
Sim, voltei! Não sou talvez!
Sou certeza certa do que melhor existe!
Sou aquela que ainda persiste
e que vence, e retransforma o mal,
em profundo, verdadeiro e puro bem!