quarta-feira, 28 de novembro de 2007

JESUS E O MUNDO

Se Jesus não tivesse confiança na regeneração dos homens e no aprimoramento
do mundo, naturalmente, não teria vindo ao encontro das criaturas e nem
teria jornadeado nos escuros caminhos da terra.

Não podemos, por isso, perder a esperança e nem nos cabe o desânimo, diante
das pequenas e abençoadas lutas que o Céu nos concedeu, entre as sombras das
humanas experiências.

Da escola do mundo saíram diplomados em santificação Espíritos sublimes, que
hoje se constituem abençoados patronos da evolução terrestre.

Não nos compete menosprezar o plano de aprendizagem que nos alimenta e nos
agasalha, que nos instrui e aperfeiçoa.

Se o bom desampara o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão.

Se o sábio não ajuda ao ignorante, a educação redundaria em mentira
perigosa.

Se o humilde foge ao orgulhoso, surgiria o amor por vocábulo inútil.

Se o aprendiz da gentileza menoscaba o prisioneiro da impulsividade, o
desequilíbrio comandaria a existência.

Se a virtude não socorre às vítimas do vício e se o bem não se dispõe a
salvar quantos se arrojam aos despenhadeiros do mal, de coisa alguma
serviria a predicação evangélica no campo de trabalho que a Providência
Divina nos confiou.

O Mestre não era do mundo, mas veio até nós para a redenção do mundo. Sabia
que os seus discípulos não pertenciam ao acervo moral da Terra, mas
enviou-os ao convívio com homens para que os homens se transformassem nos
servidores devotados do bem, convertendo o Planeta em seu reino de Luz.

O cristão que foge ao contato com o mundo, a pretexto de garantir-se contra
o pecado, é uma flor parasitária e improdutiva na árvore do Evangelho, e o
Senhor, longe de solicitar ornamentos para a sua obra, espera trabalhadores
abnegados e fiéis que se disponham a remover o solo com paciência, boa
vontade e coragem, a fim de que a Terra se habilite para a sementeira
renovadora do grande amanhã.