quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Desafio Que Faz a Vida

Quando o mundo bate forte e dói

é sempre muito difícil entender e aceitar

porque a vida tem de ser assim,

porque não podia ser de um jeito menos sofrido

porque as coisas são como elas são e não

como a gente gostaria que fossem.

Tudo parece feio e sem sentido depois de um fracasso.

Não há consolo para uma grande perda ou decepção.

Não há alívio para a tristeza que fica

quando um sonho se vai

e a única vontade que a gente tem é de ir junto,

sumir, desaparecendo sem deixar rastro

ou direção.

Não é simples sobreviver com os nossos planos em ruínas.

Não é fácil recomeçar do nada ou,

às vezes, com menos ainda.

O caminho da reconstrução é lento e pesado

para a pouca energia que nos resta depois de uma queda.

Mas é exatamente nessas horas que a gente

tem que soprar as cinzas de ideais em frangalhos

e descobrir,

em meio aos destroços de uma batalha perdida,

a nossa enorme grandeza, o nosso imenso valor,

a nossa incrível capacidade de recomeçar sempre,

mesmo com o amor próprio ferido de morte

e a fé golpeada na sua própria raiz.

É esse desafio que faz a vida digna de ser vivida.