Seu
Não diga nada, o tempo volta devagar,
é como o sonho que se realiza amanhã,
estenda as mãos vazias de mim,
dou-te o corpo de amor, todo ele.
Sou seu confessionário, sua preguiça,
o espaço entre o dia e a noite,
o toque que faz seu perfume exalar,
seu domínio, o dono, o outro, o mesmo.
Não diga nada, sinta minha mão no seu corpo,
o jeito que invado seus segredos,
vibra, enquanto manipulo seus desejos,
deixe-se amar deliciosamente livre.
Mente, negue todas as sensações,
deixa seu olhar mais suave, obscuro,
quero senti-la simples apenas minha,
na urgência da paixão que nos provoca.
Vou para onde minha imaginação consegue,
caminho todos os mundos de luzes,
o êxtase é o ponto, o fim do caminho,
não quero parar, preciso mais, agora, ainda.
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