domingo, 16 de dezembro de 2007

Gradações do amor

O amor é o mais sublime dos sentimentos.
Muitas vezes as criaturas o confundem com o
exclusivo uso do sexo.
”Fazer amor” é expressão bastante usada para se
referir a um relacionamento sexual, onde nem
sempre existe a tônica desse sentimento.
Amor é a preocupação ativa pela vida e crescimento
do outro ou daquilo que amamos.
Quem diz amar as plantas, esmera-se em cuidá-las:
regar, podar, livrar de eventuais pragas.
Quem afirma amar os animais os atende em suas
necessidades, alimenta-os, abriga-os,
dá-lhes carinho, afago.
Quem ama não agride, não magoa.
Matar por amor é desculpismo de quem perdeu
o equilíbrio, cometeu loucura.
O amor somente constrói.
E deseja a felicidade de quem ama.
Nas gradações do amor, encontramos o amor fraterno,
o conjugal, o maternal, o amor à arte,
à ciência, ao desporto...
Recordamo-nos que certa vez vimos um garoto
de uns oito anos, não muito robusto, carregando
às costas outro menino de
seus cinco anos mais ou menos.
Notamos que era com dificuldade que
ele andava, arqueado ao peso do outro.
Verificando que o que ia às costas não trazia
deficiência física que o impedisse de andar,
acercamo-nos dos dois e falamos:
"Menino, por que você leva esse grande peso às costas?
Isto não é bom, sabia?"
O garoto parou de andar.
Olhou-nos, admirado, ajeitou melhor o seu fardo e nos disse:
"Mas é meu irmão!” E foi embora, levando o precioso fardo.
É meu irmão! Para ele não era fardo, nem peso.
Havia amor no que ele fazia.
Amar é ter capacidade de renúncia e doação.
A Humanidade registra a abnegação de homens e
mulheres notáveis, cujas vidas, iluminadas pelo amor,
tornaram-se exemplos edificantes, inolvidáveis.
Bezerra de Menezes, conhecido como O Médico dos Pobres,
esquecia-se de si para atender as necessidades dos que
lhe batiam à porta do coração.
No Mundo Espiritual, temos notícias de que foi convidado
pela própria Mãe de Jesus a desenvolver atividades
em regiões avançadas, celestes.
Humilde, para a mensageira de Maria que lhe
transmitiu o convite, rogou:
"Se algo posso pedir à excelsa Mãe de Jesus, gostaria
de ficar nas proximidades da Terra, atendendo
os meus irmãos.
Enquanto houver uma lágrima a enxugar, uma
aflição a acalmar, eu desearia permanecer
com os homens.”
Isto se chama amor!
Entre os animais, as aves observam a castidade conjugal,
cuidam dos filhos, tal qual em um lar humano nobre.
O casal, por débil que seja, mostra-se valoroso até ao
sacrifício de morte, em se tratando de defender a prole.
Os animais ferozes como o tigre, o lobo, o gato selvagem têm
por suas crias o mais terno afeto.
São expressões tímidas do amor conjugal e do amor materno
que se ensaiam nas espécies inferiores, para eclodir
na criatura humana, mais adiante...
* * *
O amor de Deus sustenta o Universo.
Ama tu também, seja qual for a situação em que te encontres.
Distribui amor pelo caminho, semeando estrelas de esperanças.
Amanhã, elas brilharão para ti.