sexta-feira, 11 de junho de 2010

PAI NOSSO

"Pai Nosso..." - Jesus. (Mateus, 6:9).



A grandeza da prece dominical nunca será devidamente
compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.

Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.

De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em
Deus, ensinando que o Supremo Doador da vida deve constituir, para
nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.

É necessário começar a continuar em Deus, associando
nossos impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se
perca no movimento ruidoso ou inútil.

O Espírito Universal do Pai há-de presidir-nos o mais
humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.

Em seguida, com um simples adjetivo possessivo, o Mestre
exalta a comunidade.

Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de
nossas vidas.

Compreenderemos as necessidades e as aflições , os males
e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no
egoísmo primitivista.

Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a
Terra pertencem-nos, de algum modo.

Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.

A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.

O erro de um irmão, examinado nos fundamentos é
igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma
sociedade menos perfeita gerando causas perigosas e, por isso,
tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.

Quando entendemos semelhante realidade, o "império do eu"
passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.

Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos
suficientemente seguros na oração.

Pai nosso... - disse Jesus para começar.

Pai do Universo... Nosso mundo...

Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina
tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes,
simples repetição do "eu quero", invariavelmente cheio de desejos,
mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.