domingo, 13 de junho de 2010

ALMAS PEREGRINAS

Existem mundos e submundos que a alma caminha num estágio mórbido, quase inconsciente. Em muitas alegorias e mitos, a trágica história da alma humana nos é narrada, contada de uma forma que nos causa dúvidas ou medo. Algumas religiões nos ensinam que existem três estados em que a alma depois de deixar o corpo físico deve habitar de acordo com seu merecimento, obtido na conduta da sua vida
Terrena. Esses estados são denominados de inferno, purgatório e céu. O inferno, segundo o que nos ensinam essas mesmas religiões é o lugar terrível, onde um fogo eterno queima sem parar e para onde a alma condenada deve ir. O outro estado é o purgatório, cujo lugar, segundo o que nos ensinam também, para onde a alma deve ir redimir e queimar suas impurezas ou pecados contraídos na sua vida terrena, indo daí, segundo seu merecimento, para o céu ou para o inferno. E por último, o estado do céu, onde estariam as legiões de santos, anjos, arcanjos, querubins e Deus. Este segundo essas mesmas religiões é o estado aonde um mínimo de almas vai. Mas a sabedoria profunda nos assegura que há outro lado dessa aparência. E bem podemos acreditar nisto, pois, embora a alma pareça ir para um daqueles estados, ela nunca estará sozinha e abandonada, jamais estará aviltada da estima e do amor do seu Senhor. O mistério do Amor Divino que preenche todas as coisas é mais que perfeito e eterno. Sua misericórdia é infinita. Ora, se o Amor e a Misericórdia de Deus são eternos e infinitos, então não deve haver uma condenação eterna da alma, sua criação. Não deve existir o tal do lugar chamado inferno. A mesma sabedoria profunda nos diz que algo foi criado ou inventado para subjugar a alma quando no corpo, a viver em obediência aos dogmas e ensinamentos próprios e fazer somente o bem. Seria o mesmo que um pai criar seus filhos sob um regime de obediência, impondo-lhes o medo, vendando suas visões de um horizonte mais amplo e belo da realidade que Deus nos deixou. Fazer o bem é necessário e mais que um dever do ser humano, adorar a Deus é a primeira obrigação do ser humano, como obra que é de suas santas mãos.
Algumas religiões vêm perdendo fieis dia a dia, por que a dúvida de seus dogmas e ensinamentos não condiz com a verdade absoluta, nos deixada por Deus como herança permanente.