segunda-feira, 21 de junho de 2010

INCONSTÂNCIAS

Quisera que as nossas vidas fossem momentos constantes de alegria, que pudéssemos sorrir sempre, ver o belo em cada olhar, assistir o bailar das andorinhas em cada clarear do dia, e eu, repetir a cada gesto teu, amo-te, como amo em ti tudo que Deus te deu. Mas a vida não é assim, quisera que para nós ela fosse sempre um belo jardim. A vida é inconstante, os momentos são inconstantes, as alegrias são volúveis, mas o amor... Ah, o amor! O amor é a linha reta que nunca muda. Esse é o único barco a confiar, porque o amor jamais irá naufragar, seja em águas serenas ou turbilhões de vendavais ou temporais.



Quisera que nosso momento jamais tivesse um fim, mas, as inconstâncias se apresentaram, invadiram nossos espaços, causaram dúvidas, a confiança no amor se fez volúvel. Vi a tristeza no teu olhar porque já havias, pela inconstância, deixado de me amar.



A dor maior que existe em mim, é saber que a inconstância me fez esquecer o meu jardim, não reguei com a água da ternura, a minha flor, mas, quisera ter a coragem para matar aquele que foi outrora, dos amores, o mais lindo amor.