quarta-feira, 30 de junho de 2010

E OLHAI POR VÓS

"E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de
glutonaria, de embriaguez e dos cuidados desta vida, e venha sobre vós
de improviso aquele dia." - Jesus. (LUCAS, 21:34.)


Em geral, o homem se interessa por tudo quanto diga respeito ao
bem-estar imediato da existência física, descuidando-se da vida
espiritual, a sobrecarregar sentimentos de vícios e inquietações de
toda sorte.

Enquanto lhe sobra tempo para comprar aflições no vasto noticiário dos
planos inferiores da atividade terrena, nunca encontra oportunidade
para escassos momentos de meditação elevada.

Fixa com interesse as ondas destruidoras de ódio e treva que assolam
nações, mas não vê, comumente, as sombras que o invadem.

Vasculha os males do vizinho e distrai-se dos que lhe são próprios.

Não cuida senão de alimentar convenientemente o veículo físico,
mergulhando-se no mar de fantasias ou encarcerando-se em laços
terríveis de dor, que ele próprio cria, ao longo do caminho.

Depois de plasmar escuros fantasmas e de nutrir os próprios verdugos,
clama, desesperado, por Jesus e seus mensageiros.

O Mestre, porém, não se descuida em tempo algum e, desde muito,
recomendou vele cada um por si, na direção da espiritualidade superior.

Sabia o Senhor quanto é amargo o sofrimento de improviso e não nos
faltou com o roteiro, antecedendo-nos a solicitação, há muitos séculos.

Retire-se cada um dos excessos na satisfação egoística, fuja ao
relaxamento do dever, alije as inquietações mesquinhas - e estará
preparado à sublime transformação.

Em verdade, a Terra não viverá indefinidamente, sem contas; contudo,
cada aprendiz do Evangelho deve compreender que o instante da morte do
corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.