segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sêdes Assim

Como o sossego de minhas palavras

Como a sombra fria da guerra

O choro de quem dança triste

O canto de quem canta e passa

Caminha e não cansa, só pra mim.


Vigia o eterno de minha ternura

Cuide de nossa noite escura,

De nosso jardim

Colhe as flores fortes

Vivas e raras entre os jasmins.


Produz a presença do deserto

Traz o vento e as formas

Que silenciosas são pegajosas

E plácidas se agitam

Se nos entregam assim.


Sêdes o espanto no sereno do pranto

Sêdes assim...

A condição do segundo plano

Se nunca viestes esperando

Busca-me de começo, meio e fim.