quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

som, que de repente,ficou mudo...

Em tudo o toque da mansuetude maravilha...
tal qual sol refletido em ilha.
Feito sonho sem represálias,
sem curso pré-definido, vôos, trilhas...
E eis que a música faz-se sonante
e um bailar inebriante,
leva junto nossos corpos, nossas almas.

Suave instante, onde os quadros das paredes,
ganharam vida...
E o falares calaram-se
dando lugar aos sons...
aos sonhos e seus tons...

No vértice do traço mais lindo,
o mirante infindo
que repentinamente,
cobre-se de suave e branda bruma...

Seria uma suave espuma
de um banhar-se em rio encantado?
Seria um encontrar de corpos
que argentados,
queriam fazer cessar por átimos de segundos
a suave música?

Não sei...
somente senti que de repente,
a divina ode deu lugar ao movimento
de corpos quentes,
pele e poros ardentes...
e o que era musicalmente sonoro
fez-se por instantes calado...
assim como tudo...

O som, que de repente
deliciosamente,
ficou mudo...