quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

SERÁS PACIENTE

Serás paciente. Compreenderás que nem sempre se obtém a prestação de
auxílio, através de providências materiais, sem deixar, porém, de
reconhecer que a paciência, filha da caridade, tem passaporte livre para
trabalhar com o êxito preciso, na superação de quaisquer obstáculos para
a consecução das boas obras.

Efetivamente, o ódio e a perseguição, a maldade e a injúria arrasam
muitas construções de serviço, diariamente na Terra, mas é imperioso
lembrar que se mais não destroem é que a paciência dos obreiros fiéis ao
bem lhes opõe a barreira da prece e da tolerância, aparando-lhes os
golpes.

Paciência!...

Muita vez acreditamos que ela beneficia exclusivamente a nós, quando
temos a felicidade de seguir-lhe os alvitres salvadores; no entanto, ela
é uma força da alma que se irradia, sempre que lhe aplicamos a bênção,
criando segurança e harmonia em auxílio dos outros, onde se manifeste.

Para conhecer-lhe a oportunidade e a grandeza, seria preciso visitar os
abismos do sofrimento, todos os que não lhe souberam ou não quiseram
albergar a presença no coração. Tão-somente aí, nessas oficinas de
reajustes, na Terra e fora da Terra, conseguiríamos contar o número dos
que se arrojaram à delinqüência e ao suicídio, à loucura e à morte, por
falta de alguns minutos no convívio dela, a benfeitora infalível, em
cujo clima de entendimento Deus nos garante o dom de compreender e de
esperar.

Lembrar-te-ás disso e socorrerás com a tua serenidade qualquer da
existência, onde lavre o fogo da discórdia ou da rebeldia. Distribuirás
as parcelas de tua paciência, onde estejas, assegurando paz e otimismo,
luz e bom ânimo à sustentação do amor que o Divino Mestre instituiu por
alicerce ao Reino de Deus.

Darás de tua paciência aos sofredores e desorientados do mundo, tanto
quanto dás de teu cântaro ao sedento e repartes com o faminto os
recursos de teu pão.

Exercitarás, indefinidamente, a paciência de ouvir, de renovar, de
desculpar, de aprender, de auxiliar, de repetir... E guarda a convicção
de que, assim agindo, ajudarás não apenas a ti mesmo e aos que te
cercam, mas ao próprio Senhor, que se não necessita de nossas honrarias,
espera de cada um de nós o apoio da paciência, a fim de que nos possa
usar, em qualquer problema, como peça importante de solução.