sábado, 22 de dezembro de 2007

O dia apenas amanhecera...

Mas aquele não era um dia comum.
Era o primeiro dia de uma Nova Era que ali se iniciava para a humanidade inteira...

A partir daquele acontecimento, o mundo jamais seria o mesmo.
Um acontecimento que constituiria um novo marco na história...


Amanheceu o dia...
E as luzes daquele amanhecer se espalharam lentamente sobre Israel para, logo mais, pairar soberanas por sobre toda a Terra...


As almas se aquietaram ante a mensagem silenciosa que envolvia o Oriente...


Os sofredores sentiram que um novo alento chegava para balsamizar seus corações em brasa...


Os cegos vislumbraram uma chama que despontava além da escuridão... E os pobres desprezados ouviram, naquele amanhecer, uma canção de esperança a ecoar por todos os rincões da Terra...


O dia apenas amanhecera...
E os equivocados, que se julgavam donos absolutos do poder, sentiram suas bases tremerem diante Daquele que viera investido de todos os poderes e glórias, em nome do Pai...

Os hipócritas se confundiram, e os ricos de alma pobre perceberam a fragilidade de suas posses temporárias...


É noite em Belém...
E ele chega silencioso, puro, soberano, e fica...


Ele reúne os aflitos e os agasalha junto ao próprio peito...

Nada solicita, não exige coisa alguma...
Apenas ampara.

Libertador por excelência, canta o hino da verdadeira liberdade, ensinando a destruir os grilhões da inferioridade que prende o homem às mais cruéis cadeias...


Sol de primeira grandeza, espanca com a Sua claridade as sombras dos milênios...


A suavidade da Sua voz mansa acorda as esperanças adormecidas e faz que se levantem os ideais esquecidos...


Ao forte clamor do seu verbo erguem-se os dias, e as horas do futuro vibram, aprofundando na alma do mundo os alicerces da humanidade feliz do porvir...


Jesus, Rei celeste, aceita como berço a manjedoura de uma estrebaria singela, deixando para a humanidade a profunda lição de humildade, inaugurando um reinado diferente entre as criaturas.


Senhor do mundo, deixa-se confundir com a multidão esfarrapada, espalhando Seu suave perfume entre os sofredores.


Troca as glórias dos Céus pelas tardes quentes de Jericó...


Deixa a companhia dos Espíritos puros para caminhar entre os miseráveis de toda sorte...


Aceita o pó das estradas e enfrenta fome e frio para acalentar os infelizes sem esperanças que se arrastavam sobre a terra.


Abandona os esplendores da Via Láctea para pregar a Boa Nova nas madrugadas mornas de Cafarnaum...


Deixa as melodias celestes para cantar a esperança embalada pela orquestra espontânea da natureza, no cenário das primaveras e verões, entre as aldeias e o lago.


É traído, desprezado e pregado numa cruz... Mas ressurge numa tranqüila e luminosa manhã para dizer que a vida não cessa e reafirmar que estaria conosco para todo o sempre...