domingo, 16 de dezembro de 2007

CONSUMISMO

Você já notou que, nos dias de hoje, os apelos são
imensos para nos tornar cada vez mais consumistas?
Nas revistas e jornais, no rádio, na televisão e
na internet, os convites às compras parecem estar
em toda parte.
Nem mesmo nos elevadores e nas ruas estamos a salvo:
outdoors, cartazes, painéis eletrônicos, folhetos
e todo tipo de propaganda estão ao alcance de
nossos olhos e mãos.
É o excesso de nossos dias.
Vivemos uma vida quase artificial, em que,
aos poucos, a simplicidade e os valores
reais vão sendo substituídos por coisas
artificiais e passageiras.
Em vez de nossas conversas com familiares e vizinhos,
agora passamos horas em frente à televisão ou
ao computador.
Ficamos cegos para os que vivem ao nosso lado.
Deixamos de ouvir o mundo, para nos isolar
em fones de ouvido.
E acabamos por nos tornar um pouco surdos
para a realidade.
E assim prossegue nossa vida, cada vez mais
mecanizada,cada vez mais dirigida pelos produtos
que compramos sem parar, estimulados pelos anúncios
e propagandas.
E isso não ocorre apenas com os adultos.
As crianças são bombardeadas pela publicidade,
já que se descobriu que elas influenciam poderosamente
os pais, não só para comprar brinquedos, mas também
para adquirir carros, eletrodomésticos
e produtos alimentícios.
Interessante lembrar que a publicidade nos faz
acreditar que precisamos ter as coisas.
Ela se infiltra em nós, comandando a vontade.
Vale-se de conceitos importantes para o ser humano:
aceitação, alegria, bem-estar.
Por outro lado, a força da propaganda também nos
atinge ao informar que, se não temos determinadas
coisas ou serviços, somos infelizes ou excluídos
de grupos sociais.
Mas o problema não está nos publicitários
ou nos anunciantes.
Eles fazem o trabalho deles.
O problema está em nós, que acreditamos e aceitamos,
como verdades, os comerciais.
É um caso de sintonia.
Aceitamos passivamente a mensagem da publicidade
e vamos além: nós nos identificamos com ela.
Passamos a acreditar que seremos felizes somente
se tivermos objetos caros ou de marcas famosas.
Aos poucos, nos tornamos escravos da necessidade
de comprar.
Cosméticos, alimentos, aparelhos eletrônicos – tudo
passa a ser objeto de desejo.
É quando nos entregamos sem reservas à
mensagem da publicidade.
Para libertar-se dessa escravidão, temos a força
de vontade, a capacidade de resistir e
o livre arbítrio.
Por isso, Mestres Espirituais de todas as épocas,
povos e religiões advertiram o homem para que
combatesse os desejos desenfreados.
Na Índia, Krishna e Buda alertaram sobre os
desejos que comandam as ações humanas e recomendaram
eliminá-los, a fim de alcançar a libertação.
E Jesus de Nazaré advertiu que, onde estiver o nosso
tesouro, aí estará o nosso coração.
Se pusermos nosso foco em coisas, pessoas ou
situações que desejamos, é a isso que estaremos
vinculados, mesmo após a morte do corpo.
Ao contrário, se nossa atenção estiver voltada
para Deus,
para a vivência da ética e dos valores do Espírito,
certamente superaremos os desejos que aprisionam e
caminharemos em direção à pureza e
à alegria permanentes.

Pense nisso!