terça-feira, 1 de junho de 2010

Desprendimento Difícil

“Ninguém corte onde possa desatar…”
Desatar os fios entrelaçados de uma meada de lã, é tarefa demorada e
difícil, que exige tempo e paciência, por parte da tecelã.
Há situações, em nosso cotidiano, também complicadas e emaranhadas,
que exigem das criaturas de boa vontade, muito discernimento, bom
senso, paciência e amor, a fim de que se restabeleça a harmonia e a
paz, retornando à normalidade situações periclitantes, no sentido
social e afetivo.
Cortar é a providência mais fácil e mais rápido. Os resultados, porém,
são diferentes do desatar. Desatando, estaremos restabelecendo as
cousas como antes estavam. Cortando estamos quebrando e violentando o
fluxo natural das energias da vida, sem possibilidade de retorno ao
estado anterior, com conseqüências, por vezes, dolorosas e
irremediáveis.
Portanto, é sábia a sugestão de André Luiz: “ninguém corte, onde possa
desatar”.