terça-feira, 7 de abril de 2009

O FLORESCER DA VIDA

É possível que nossa vida componha-se

de quatro estações existenciais,

assim como se fora as quatro estações do ano,

compostas pela primavera, verão, outono e inverno,

com uma marcante diferença,

quando as estações existenciais de nossa vida

são inversamente opostas às estações do ano.

Assim a nossa vida tem início no inverno da existência,

passando pelo outono fecundo,

quando atravessamos aquela fase da criação,

do amadurecimento,

seguindo para a fase do aquecido verão existencial.

Aí é onde entramos na fase da estiagem

e passamos apenas a viver com o cultivo das fases anteriores, são as fases das lembranças, das contemplações e recordações.

Depois adentramos aquela fase mais linda,

a fase da primavera da vida, é a idade das flores,

a idade do belo, dos sonhos e das cores.

Essa é a fase que nos tornamos novamente criança.

A inteligência nos aflora com mais nitidez

e a compreensão da vida é mais bela,

cheia de sonhos, repleta de ideais.

Damos cores a tudo que vemos,

e absorvemos no coração mais amores.

Somos crianças envaidecidas por amar, e ao mesmo tempo, somos adultos, porque soubemos tanto a fase do amor esperar.

Essa é a estação da vida, que em nossa vida torna-se mais objetiva, na própria subjetividade,

por que os abstratos não são apenas o impalpável,

mas se tornaram sólidos e visíveis,

tanto quanto o sentir invisível do amor.

É a fase primaveril, é a estação das flores

e dos sonhos, em plena puberdade da existência.

Essa é a fase mais bela da vida, é quando na alma floresce o verdadeiro amor.