RUPTURAS.
Arco íris, voz do vento.
Castelo de areia, ondas do mar.
Canto de amor, historia.
Sigo a minha maneira,
Ou a maneira de Deus.
Nunca acredito que certos fatos
Vão se concretizar.
Principalmente a morte
E a angústia que fica.
Estão todos indo embora.
Aos poucos.
Mas vão,
Para não voltar.
Sem aviso prévio, sem adeus.
Sem até breve.
Seguem em silêncio.
Absoluto.
Quase em segredo.
E nos ficamos sem tempo
De dizer a quem amamos;
- Como te amo!
Não tem como mudar os fatos.
Perde-se todos os dias
Para a eternidade, para a vida!
Nos tomam!
Levam consigo um pouco de nós!
Ou muito.
Cada partida diminui na alegria,
No sonho,
Nas palavras.
Vai-se embora a ilusão da imortalidade
Que perdura no homem!
Não somos eternos.
Não vamos viver para sempre.
Não temos todo o tempo do mundo
Para abraçar,
Para dizer as frases guardadas nas gavetas de nós!
Como dói a perda.
Como dói regar a saudade.
Conviver com a ausência.
Fragilidade estampada numa fotografia antiga!
Fica a lembrança da cumplicidade,
Das culpas, das desilusões.
Não veremos mais o sorriso,
Não sentiremos mais o cheiro.
Não ouviremos a voz.
.....E isso dói tanto.
Estão indo todos embora,
Uns antes, outros depois,
Separados.....
E eu aqui - olhando a distância,
A mudez do infinito.
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