terça-feira, 28 de abril de 2009

GUARDAR

" Ò Timóteo , guarda o depósito que te foi confiado". Paulo 1-6: 20 - Timóteo



Quem faz o homem honesto trabalhar na propriedade que lhe foi confiada?

Naturalmente não descansará na concessão recebida.

Saberá defender o patrimônio existente e valorizá-lo dia a dia, através de serviço incessante.

A casa residencial merecer-lhe-á especial carinho, por conservar a ordem e a higiene em todos os detalhes da habitação.

Paredes, utensílios, móveis pedirão cuidados ininterruptos.

A paisagem exterior requisitará dedicação constante e afetuosa.

Haverá luta contra a poeira, ferrugem, sujidade.

Plantar-se-ão novas árvores, zelar-se-á pelo jardim e pelos legumes.

Amar-se-á o sol, entretanto, tomar-se-á providências contra a secura, a chuva recebida com agradecimento e alegria, mas a formação de pântano exigirá drenos adequados.

A vida é movimento e ninguém, que se responsabilize pelos seus patrimônio, poderá ficar inatividade beatífica.

E assim como os títulos materiais de confiança demandam operosidade e critério naqueles que os recebem, o depósito da fé reclama espírito vigilante e fiel.

Paulo de Tarso exorta-o a que guarde o depósito da fé que lhe fora confiado.

Ninguém pode guardar cousa alguma ao preço da indiferença.

Há muitos crestes que perdem facilmente a coragem e a certeza da beneficência sublime porque, relaxados da propriedade espiritual que o Senhor lhes confia, a breve tempo, escancaram o espírito despercebido a toda a espécie de fantasmas do desejo inferior, adquirindo excrescências parasitárias que lhes subtraem todas as energias do Bem.

Depois de imenso júbilo, aos primeiros contatos da fé, tornam-se ociosos e incômodos, carregados de vermes pútridos da preguiça e insensatez.

Guardai o depósito espiritual confiado à vossa alma. Acautelai-vos relativamente ao cupim indivisível do egoísmo e da inatividade que flagela o coração e deforma o pensamento.