segunda-feira, 9 de março de 2009

De Maria, és Maria

Bem Aventurada, mulher amada
no perfil do teu interior imaculado
vivo a harmonia das tuas palavras
poema de hoje em mim alicerçado.

Menina-poesia, menina chamada
guardo minha vida e minha história
no teu universo interno, na tua toada
elevando aos céus, teu nome em glória.

Pequena flor, flor da eterna alvorada
volto a ti todas as flores, todos os frutos
ao sabor do vento, beijo tuas mãos de fada
prostrando-me ante o teu ventre impoluto.

Sagrada rainha, rainha absoluta
a imortalidade foste tu quem deste
quando neste jardim de murtas
tuas entranhas nas minhas apuseste.

Dama perfeita, dama acolhida
na docilidade do teu ser eu habito
ao meu redor tu giras feito brisa
suavizando assim os meus caminhos.

Soberana de mim, mulher bendita
menina-mãe-mulher abençoada
nas tuas sendas minha alma grita
a voz desta emoção que me arrebata.

Anjo de amor, anjo das searas
teu nome escrevo com perfume e mel
pois és espelho da bondade que ampara
os meus passos, encobre todo o fel.

De Maria, és Maria que Deus me concedeu
num precioso relicário de ouro e marfim
recolho toda a meiguice do coração teu
para submeter minha base, meio e fim.