CALAR OU NÃO CALAR, EIS A QUESTÃO.

O mundo realmente passa por uma grande transformação de conceito, de consciência de poderes e de éticas.

O ser humano se tornou mais observador do que seguidor de certos conceitos sejam estes políticos, culturais, científicos ou religiosos dogmáticos. Temos consciência da transformação quando assistimos num canal de televisão cenas e noticiários de acontecimentos, que ás vezes nos deixa perplexos. O noticiário de acontecimentos ou de costumes de determinados países nos causam dúvidas e fica difícil de acreditarmos no acontecido.

No Brasil, por exemplo, vimos e assistimos cenas de acontecimentos inacreditáveis.

Recentemente deu-se a notícia de que uma criança de nove anos engravidou, em consequência de um estupro praticado pelo padrasto. Tomado conhecimento do fato, uma equipe médica respeitou e acatou a lei, solicitando autorização da justiça, visto a gravidade do problema pelo qual passava aquela criança, com risco de morte inclusive, para a necessidade do aborto, o que foi concedido. Praticado o ato abortivo, a igreja católica representada por um arcebispo, condena o feito da medicina, excomungando a equipe médica, a criança e naturalmente a lei que consente o ato, livrando da tal excomunhão o estuprador, que certamente estará livre e apoiado pelo ato da própria igreja para praticar mais feitos abomináveis, incentivando com isso o crime de estupro.

Às vezes nós nos perguntamos o porquê da evasão de fieis de determinadas religiões, em busca de outros conhecimentos ou de outros ensinamentos religiosos, que convivam e respeitem a lei e a ciência, quando estas se fazem presente para a preservação de uma vida já formada e consciente. Com esse ato de excomunhão praticado pela igreja, não é difícil saber-se o porquê da evasão de fieis de determinadas religiões.

O dia em que a religião se preocupar mais com o espírito e entender que ciência é ciência, lei é lei e religião é o esforço de se religar o homem a Deus, certamente a fidelidade religiosa será respeitada e a evasão de fieis diminuída.