VAI!
Vai, quem sou eu para pedir que fiques?
Se tua alma vestes mundana e chique,
além de teu coração sonhador...
Esquece deste amor!
Ele é tão ingênuo e abobado...
Qual a um cão magro caminhando ao teu lado, esperando as sobras de teus beijos,
um carinho sobrado!
Vai, quem sou eu para pedir que fiques?
Um tolo, crente que é possível que me ames um dia!
Bebendo por dias a fio a agonia,
na taça, às vezes, amarga dos sonhadores!
Um bobo que pensa que ainda podes
te arrependeres ou que mudes?
Tens mil prazeres e
amo-te, apenas amiúde...
A culpa é minha, mulher!
Afinal, que graça tem em chutar um cachorro morto?
Senão de perder um cão fiel em teus pés?
Vai e nem me olhes chorando!
Bobo chora mesmo à toa, siga teu caminho, voa...
Cão sem dono vive de ausências,
ainda que morra aos pés de um pequeno carinho, fiel a uma única pessoa!
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