quinta-feira, 2 de outubro de 2008

VAI!

Vai, quem sou eu para pedir que fiques?

Se tua alma vestes mundana e chique,

além de teu coração sonhador...

Esquece deste amor!



Ele é tão ingênuo e abobado...

Qual a um cão magro caminhando ao teu lado, esperando as sobras de teus beijos,

um carinho sobrado!



Vai, quem sou eu para pedir que fiques?

Um tolo, crente que é possível que me ames um dia!

Bebendo por dias a fio a agonia,

na taça, às vezes, amarga dos sonhadores!



Um bobo que pensa que ainda podes

te arrependeres ou que mudes?

Tens mil prazeres e

amo-te, apenas amiúde...



A culpa é minha, mulher!

Afinal, que graça tem em chutar um cachorro morto?

Senão de perder um cão fiel em teus pés?



Vai e nem me olhes chorando!

Bobo chora mesmo à toa, siga teu caminho, voa...

Cão sem dono vive de ausências,

ainda que morra aos pés de um pequeno carinho, fiel a uma única pessoa!