CRENÇA
Enrola-me,
embrulha-me,
nessas cascatas,
que verdades não o são.
Coroa-me ,
com esse falso ouro,
crivado de pedrinhas,
que fazem diamantes.
Faz desse ,
descascado móvel,
o trono,
que dizes,
ser de rainha.
Despida com andrajos,
pega, essa mão,
que de tanta ajuda foi,
deposita falso beijo.
Em tudo creio.
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