ECOS DOS ABISMOS
Deito-me com que é livre à beira dos abismos
e estou perto dos meus desejos.
Balanço no ar com o vento,
cheio de imagens nos olhos em aéreos jardins
de fendas submersas.
Ouve-se um silêncio dos lugares de pedra,
de água, dos regatos perdidos,
lá onde levitamos de vago êxtase.
No relâmpago que passa as nuvens se
despendem no azul infinito
perto de Deus
tornando magia a essência
e o princípio
da palavra amor, tão leve, tão suave,
como num simples sonhar.
Se seguisses minhas pegadas ouviria à música da vida
que tem asas e nos transportam para sonhos lúdicos
e muitas vezes nos deixam suspensos
pintando sorrisos com fome de amor.
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