domingo, 12 de outubro de 2008

Retrato de Uma Canção

Se em meu devaneio

Alcanço o profundo azul

Vejo teu rosto ali inteiro

Numa visão que persiste

Nos delírios do meu amor



Essa solidão infinda

Retrato da triste canção

Das quimeras imaginadas

Nos sonhos de amor ou quase nada

São notas tocadas da minha dor



E nesses momentos

Em que me vejo nua e só

Lavam-me as horas da noite

Sussurros e lágrimas na face

Jazem na memória remota sem cor