domingo, 5 de outubro de 2008

OMISSÃO

Asseveras não haver praticado o mal; contudo, re­flete no bem que deixaste a distância.

Não permitas que a omissão se erija em teu cami­nho, por chaga irremediável.

Imagina-te à frente do amigo necessitado a quem podes favorecer,

Não te detenhas a examinar processos de auxilio.

É possível que amanhã não mais consigas vê-lo com os olhos da própria carne.

Supõe-te ao pé do companheiro sofredor, a quem desejas aliviar.

Não demores o socorro preciso.

É provável que o abraço de hoje seja o inicio de longo adeus.

Não adies o perdão, nem atrases a caridade.

Abençoa, de imediato, os que te firam com o reben­que da injuria, e ampara, sem condições, os que te co­mungam a experiência.

Se teus pais, fatigados da luta, são agora problemas em teu caminho, apóia-os com mais ternura.

Se teus filhos, intoxicados de ilusão, te impõem do­res amargas, bendize-lhes a presença.

Se o trabalho espera por tuas mãos, arranja tempo para fazê-lo.

Se a concórdia te pede cooperação, não retardes o atendimento.

Não percas a divina oportunidade de estender a ale­gria.

Tudo o que enxergas, entre os homens, usando a visão física, é moldura passageira de almas e forças em movimento.

Faze, em cada minuto, o melhor que puderes.

Seja qual for a dificuldade, não desertes do amor que todos devemos uns aos outros. E se recebes, em tro­ca, pedra e ódio, vinagre e fel, sorri e auxilia sempre, porque é possível estejas ainda hoje, na Terra, diante dos outros, ou os outros diante de ti pela última vez.