domingo, 26 de outubro de 2008

LOUCA

Chama-me como quiser,
Diga o que disser...
Faça tudo como puder!
Só não me faça sensata.
Sensatez não combina com paixão,
Não!

Há tempos deixei de crer no amor,
Nas juras, de segundos,
Na eternidade finita,
Na fidelidade maldita!
Vivo hoje do fogo que me consome
a carne.

Chamam alguns de tesão,
O que me vai no coração!
Perambulo pelas dobras do lençol,
a carne trêmula, e sepulto a alma
ingênua.

Deixo porém uma brecha,
só uma fresta...
Vazante desta moça.
Desta louca
Que não vive um só segundo,
Sem paixão!