domingo, 19 de outubro de 2008

Cronica do Amor

Mesmo que o tempo passe, que soprem os ventos e diminuam o som das canções,
jamais deixaremos de viver e ouvir falar sobre o amor.
Sentimento antigo que continua moderno. Contemporâneo,
precisa apenas de um olhar ou de um coração para instalar sua magia.
O amor é o doce álibi dos apaixonados,
o motivo maior da vida e do sonho.
Por amor nascemos para a vida, para o amanhecer e para admirarmos o entardecer.
Com ele nem somos mortais. Sentimo-nos
como deuses, apossados do mundo,
mesmo que por alguns momentos mágicos, tão nossos!
Se apaixonados, ele é a nossa
motivação, se abandonados,
o nosso maior desejo. Por amor,
feliz ou infelizmente sobrevivemos.
Na falta dele, resumidos a uma dolorosa combinação de saudade e desejo, sucumbimos.
É presente de Deus para nós e está nas
trocas de olhares dos apaixonados,
na liberdade poética dos artistas, no destino dos sensíveis e na promessa dos amantes.
Nasceu explicado. Intrigante. Está no invisível.
Pode ser sentido com o coração
e com a alma, vivido num abraço,
numa declaração ou demonstrado num
longo e eterno beijo.
O amor modifica, cria, intriga, atrai e brinca conosco.
Entra no compasso da nossa vida,
impulsionando-nos ao que parece impossível e,
como bobos, viramos dois num só.
Se preciso, por causa dele,
somos fortes na separação e esperançosos
na promessa do reencontro.
O amor não avisa ninguém da sua chegada mas,
quando chega, pretensioso,
dá-nos a certeza de que estávamos a sua espera.
Não temos como, nem queremos evitá-lo.
Diante dele somos gigantes indefesos.
E assim seguimos. Sorrindo,
chorando e cantando o amor.
Quem já o tem, entregue aos seus mistérios ,
quem ainda não o encontrou, na expectativa da sua
chegada e da entrega total à plenitude desse sentimento
que é tema universal no coração dos sensíveis.