quinta-feira, 9 de outubro de 2008

AMIZADE

O homem é um ser gregário por natureza.Ele sente necessidade de convívio e contato com os semelhantes.

Justamente por isso, estabelece vínculos ao longo de sua vida.

Muitos desses vínculos são praticamente automáticos, como os que decorrem da estrutura familiar.Contudo, algumas ligações originam-se apenas de afinidade e simpatia.

A amizade é uma forma de afeto muito peculiar.

Habitualmente, afirma-se que os amigos são a família que se escolheu.

A nobreza da amizade foi revelada pelo próprio Cristo.

Em determinada passagem do Evangelho, o Mestre afirmou que não mais chamava os apóstolos de servos.Chamava-os de amigos, pois lhes havia dado a conhecer o que ouvira do Pai.

Jesus ofertara aos Seus discípulos o que de melhor possuía: a luz de Seus ensinamentos e o calor de Seu afeto.

Isso é o que caracteriza a amizade: a partilha do melhor de nosso ser.

A amizade não envolve posse, exclusivismos ou busca de vantagens.

Nada obriga a manutenção dos laços de amizade.É a expressão mais fraterna dos sentimentos.

Procura-se estar próximo ao semelhante apenas pelo prazer de sua companhia.

Por ser tão precioso, esse vínculo deve ser bem cuidado.

Conquistar amigos pode ser mais fácil do que preservá-los.

Na aquisição de afetos, o carisma pessoal auxilia bastante.Mas a manutenção do vínculo exige dedicação.

É necessário dispor-se a gastar algum tempo no cultivo do afeto que se granjeou.Entretanto, o comportamento nobre e leal também se faz imprescindível.

A manutenção dos amigos pouco tem a ver com lições de etiqueta ou boas maneiras.

Tais recursos muitas vezes apenas escondem o real caráter de quem aparenta afabilidade.

Relevante mesmo é burilar o próprio modo de ser, desenvolvendo nobreza e cordialidade.

Considerando essa realidade, há inúmeras atitudes que se devem evitar no trato com os amigos.

A agressividade, em palavras ou gestos, surpreende negativamente nossos afetos.

A negligência, consistente em dar pouca importância à presença e à palavra dos companheiros, faz com que não mais nos procurem.

A irritação contínua torna nossa companhia enfadonha.

A lamentação constante também converte nossa presença em um fardo pesado.

É preciso considerar que os outros também têm problemas.Importa, pois, cultivar a jovialidade.

Ocultar as próprias dores, para não afligir inutilmente os semelhantes, é uma forma de caridade.

Assim, reflita sobre a importância dos amigos em sua vida.

Pense como eles lhe trazem alegria e tornam seu viver mais leve.

Lembre-se do exemplo do Cristo, que deu o melhor de si aos companheiros que escolheu.

Não gaste os preciosos momentos que passa com seus amigos em futilidades, reclamações ou baixezas.Dê-lhes o seu melhor.Torne sua companhia uma fonte de equilíbrio, alegria e bem-estar.

Mostre-se confiável e disposto, quando necessitarem de você.

Ame-os, com pureza e desinteressadamente.

Afinal, amigos leais e calorosos são um dos maiores tesouros que se pode conquistar.