A Uma Hortênsia...
Obrigado, irmã flor, por te abrires
Num sorriso de seda... (ou de veludo?)
À Alma e ao coração me dizes tudo
Tua fragrância inebria-me os sentires...
O bicho-homem, irmã flor, baniu o belo
E o próprio Criador ele matou!
Sua presença o Infinito maculou
Desfez-se da pureza e do singelo...
Obrigado, irmã flor, pela Existência
Efêmera – que rindo me ofereces...
Em tua corola: comovidas preces!
Cada pétala: um Salmo do Senhor...
Sou teu irmão pelo mesmo Criador
Que a mim me fez poeta... e a ti hortênsia!
|