Fagulha
Quando tudo parece morrer,
quando tudo parece terminar,
surge essa estranha fagulha,
fazendo nosso amor incendiar.
Renascendo, assim, quase do nada,
do sem querer querendo demais,
dos pequenos momentos vividos,
que não esqueceremos jamais.
Brota de nossas almas sofridas,
cansadas de tanta dor,
tentando amenizar as feridas,
às custas desse novo amor.
Faz sentimentos, já esquecidos,
ressurgirem fortalecidos,
a cada pequeno reencontro
que porventura acontece.
Faz as emoções voltarem fortes,
na mesma intensidade de outrora
provando que dentro do peito,
escondido, esse amor ainda mora.
Mora, nesse nosso peito desastrado,
que se atrapalha feito criança,
diante desse amor inusitado.
Que não sabe decidir
entre o sim e o não,
deixando enfraquecer
lentamente, essa paixão.
E, quando tudo parece morrer,
quando tudo parece terminar,
surge essa estranha fagulha,
fazendo nosso amor incendiar.
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