domingo, 27 de abril de 2008

Descrevo-te, lágrima!

Chuva fina que me persegue a face

São águas termais e nulas

Palavras que cortam e ferem

Crescem nos olhos, nascem no coração;



A lágrima!

Fiel companheira da mágoa

Alívio que sufoca o peito,

Caminha, desliza e afaga;

Finda na boca trêmula



Furiosa e intempestiva – até cura;

Forte presença, encanto indolor!

Amor que a tristeza agoniza

Gera prantos que consomem em dor



Um jogo da vida

Em que aberta a ferida

Seca na palma da mão

São sonhos desfeitos, sementes de ilusão!