sábado, 5 de abril de 2008

DOCES CEREJAS

Nunca imaginei um sim tão fulminante.
O meu EU nem deixou que raciocinasse,
a razão cegou, a emoção tomou conta
e foi sensação pura de delícias.

E me deixei levar pelas tuas mãos,
até onde a imaginação alcança
e a sedução enlaça forte.

Agora meus dias são diferentes,
como se não andasse mais sózinha,
mas com uma sensação deliciosa
de estar bem carinhosamente acompanhada.

Nem quero racionalizar,
pensando nos complicadores,
siquer quero ter expectativas
se vai dar certo ou não.

Só sei que quero viver
com toda a intensidade este agora.
Este presente que se descortina,
num acaso onde a emoção revigora.
Às vezes até me belisco,
pra ver se não estou sonhando acordada....
Mas enfim...talvez nós dois
estivéssemos precisando
destes instantes mágicos,
de redescobertas...

de sentir um frio no estomago e
uma fogueira acendendo o coração.
Fazia tanto tempo que não me sentia assim,
que até já havia esquecido como era
esta sensação e sentimento
em expansão...

Será duradoura? Não importa...

Importa que agora é,

agora está,

espero poder dizer

agora estamos.

Já que não te conheço tanto assim,
mas já te sinto tão próximo.

E mais uma vez o fascínio
chegando com vibrante energia,
trazendo as cores do arco-íris,
a nos fazerem doce companhia.

Quiçá essas cores não esmaeçam,
passado o primeiro ruflar dos tambores..

Mas o que importa isso???

Se as cores desmaiarem
antes da próxima estação,
pelo menos teremos aproveitado
o caliente sol de verão,

em beijos e carícias,
em um paraíso de primícias,
que são para a alma e o coração,
só beleza e delícias...

E que as doces cerejas, ainda congeladas,
derretam-se integralmente,
quando saboreadas à deliciosa mesa,
em compartilhamento de rara ternura
e sutil beleza.