terça-feira, 22 de maio de 2007

RETRATO

Encontro nos meus alfarrábios
Um pedaço do meu passado, em um retrato,
Está amarelado, mas intacto...
Como hoje,
Mostra o meu olhar de tranqüilidade.
Mas, às vezes, triste de saudade...
Quando eu me olho no espelho
Vejo no retrato, a verdade.
Naquele retrato eu era, apenas mais jovem...
Porque, sinto, que nada mudou na minha alma.
Não importa para mim o que ficou para trás,
Continuo a acreditar, a ter esperança e amor...
A minha alma, acredite, não envelhece,
Não estou, fisicamente, tal o meu retrato,
Mas com pleno vigor,
Como qualquer um, mais amadurecido.
O que vem à minha mente do passado,
Embora traga saudade, me enternece,
Nada do passado me entristece.
Apenas me dá saudades.
No retrato, meus olhos têm ar de sorriso.
Hoje, continuam, assim, felizes...
Os meus olhos têm o privilégio de captar
Da natureza essa miscelânea de cores...
Que é a beleza!
Não quero esconder a verdade,
Eles, também, têm o tom da saudade.