sexta-feira, 4 de maio de 2007

CALA-Te,

Fecha e tranca teus lábios! É premente!
Amarra-os em firmeza, pois tu mentes.
Tal tua desenvoltura, que feres, tonteias,
arrasas minh´alma; trama de tuas teias.


Impede a ti que profiras tais blasfêmias
geradas incautas, por tua vida boêmia;
as que escorrem negras por tua boca,
nos vãos íngremes dessa abertura oca.


Seca já estou pela negação constante
do teu roçar, vínculo aconchegante...
Tu te afastas e proferes, no retorno,
falsos termos, em ânsia de suborno.


Afasto-me em meu dorido silêncio...