Enredo
Óh veleidade, sentimento esculpindo essas ranhuras,
diz às minhas mãos por que sangram tantas rasuras,
na palavra que por vezes, joga a tinta em sustenidos,
e noutra hora, chega a ira e sou a mão dos excluídos?
Agonia que sufoca a garganta, diz a voz do libertário,
na escrita que desce e se despe em prol de um cenário,
enquanto a caligem trai o santo em enganosos motins,
incita a pena atriz, esse triste teorema que há em mim.
Antes fosse a lâmina mortífera a minh'alma rasgando,
antes dissesse da cor, mas raiou uma cor se acabando,
e no papel um vazio sustenta a folha indigna e branca,
de um poema que conta a lenda da ode outrora franca.
Poesia de minhas mãos, álgido cântico, ébria andança;
e quem entendeu que essa espada se chama esperança?
Verbo ad verbum, vi o plágio e chorei a poesia lacerada,
sonhei a criança e o poeta, hoje, não sonho mais nada...
Sandra Ravanini
diz às minhas mãos por que sangram tantas rasuras,
na palavra que por vezes, joga a tinta em sustenidos,
e noutra hora, chega a ira e sou a mão dos excluídos?
Agonia que sufoca a garganta, diz a voz do libertário,
na escrita que desce e se despe em prol de um cenário,
enquanto a caligem trai o santo em enganosos motins,
incita a pena atriz, esse triste teorema que há em mim.
Antes fosse a lâmina mortífera a minh'alma rasgando,
antes dissesse da cor, mas raiou uma cor se acabando,
e no papel um vazio sustenta a folha indigna e branca,
de um poema que conta a lenda da ode outrora franca.
Poesia de minhas mãos, álgido cântico, ébria andança;
e quem entendeu que essa espada se chama esperança?
Verbo ad verbum, vi o plágio e chorei a poesia lacerada,
sonhei a criança e o poeta, hoje, não sonho mais nada...
Sandra Ravanini
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