quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Menina- Mãe...

Muitas vozes se levantam

para acusar-te, extrapolando o teu comportamento,

quando trocaste a boneca de sonhos pelo filho de carne.
As acusações te acoimaram,

porque, na ignorância da tua juventude,

concebeste em período inapropriado.
A indiferença e o deboche

caíram sobre ti, porque te fizeste mãe,

sem nenhum preparo para o ministério.
Sentes o peso do novo

compromisso e sofres o sarcasmo no lar,

o abandono do companheiro acovardado

e também jovem que foge,

deixando-te crucificada nos braços

frágeis do filhinho que te pede proteção.
Se houvesses sido orientada em tempo

e a dissolução dos costumes

não se fizesse tão corriqueira,

certamente não te encontraria nessa situação.
E verdade que não tens nenhuma

estrutura para sustentar

o anjo que se encarcerou no corpo

frágil e depende de ti, que és

também dependente de outros.
Não te desesperes, porém.
Apesar da tua imprevidência

tiveste força para não matar,

quando outros mais idosos e mais

experientes abortam cruelmente.
Conseguiste resistir às pressões

para o crime de infanticídio,

e essa coragem ajuda-te

a resgatar a precipitação leviana.
Não será fácil o curso dos teus futuros dias.

No entanto,

se perseverares amando o filhinho,

ele te ensinará a crescer e a amadurecer,

e DEUS te enviará socorro hábil

para que te faças mãe venturosa e triunfante.
Menina-Mãe!
Quando as dificuldades te assaltar

em e experimentares desesperação,

acalma-te e refugia-te na prece, suplicando a Maria,

a Mãe Santíssima da Humanidade,

que te ajude a levar

o filhinho indefenso até à Glória Solar,

coroando-te de paz após a luta vencida.
DEUS te abençoe, menina-

mãe em todos os dias da tua vida,

particularmente no Dia das Mães!