Como a lagosta
A lagosta vai crescendo e chega em um ponto em que tem que trocar a carcaça que a reveste. Livre dessa couraça, enquanto aguarda a nova "roupa", fica totalmente vulnerável, mole, enfraquecida. Assim, durante alguns períodos da sua vida, ela vai ficar totalmente dependente do meio em que vive.
Engraçado como nós também temos ciclos semelhantes, em determinadas épocas das nossas vidas, sofremos alguns "golpes", que nos deixam totalmente indefesos, sem resistência. A dor, o ressentimento, a desilusão com algo ou alguém, são sentimentos tão marcantes que nos deixam totalmente perdidos, por um período que varia de pessoa para pessoa, alguns se recuperam rapidamente e ficam mais fortes, como a lagosta quando recebe a nova casca, outros podem demorar uma eternidade...
O problema está nesse período em que estamos "trocando de casca", ficamos vulneráveis demais e isso pode fazer com que um problema mais ou menos simples se transforme em uma tragédia, é assim com o ciúme, com a decepção com as pessoas, com os relacionamentos que não dão certo, a morte de um ente querido, uma doença inesperada ou de nome difícil, ou mesmo aquela escolha da faculdade errada, são situações que podem marcar a sua vida por muito tempo.
Podemos seguir o exemplo da lagosta, que nesse tempo em que está fragilizada, sem a sua proteção, ela busca de todas as formas se proteger, preocupando-se apenas com a sua sobrevivência, nada mais importa a não ser a sua preservação. Muitas pessoas, quando estão fragilizadas acabam se preocupando demais com os outros, com o que vão pensar, o que vão falar e descuidam-se de si mesmas, bate aquele desamor que não poderia aparecer em hora pior.
Se você está passando pela fase da "troca de casca", está se sentindo fragilizado, abaixo da linha do chão, a receita é simples: apaixone-se por você, preserve-se, fortaleça-se, espere a nova casca se formar, e saia dessa ainda mais forte.
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