sábado, 2 de agosto de 2008

ENFIM VIESTE, MEU AMOR!

Quando pensei ter perdido o amor,
num deserto imenso de grand dor;
quando, em mim, nada mais havia,
senão, o imenso penar, que afligia;

quando, a separação, se fez torpor
e a doença incapacitante, sem olor
nem tacto, só esse pouco permitia,
e noite dentro a pena permanecia;

quando a tudo reneguei e a crença
nos homens, nobre carne, duvidei;
quando, desacreditei da nascença,

e, até de mim mesmo me esqueci;
eis que surgiu, aquela que amarei,
para toda a vida porque eu resisti.