sábado, 30 de agosto de 2008

Silêncio que não cala

Hoje não quero falar desta paixão,


que é como rocha escarpada,


em corda bamba escalada,


e me deixa sem direção.



Amanhã... só amanhã talvez,


quando acordar do sonho,


livre de aflições,


e isenta de escrúpulos...


Porque esta paixão é clandestina,


geniosa,


irracional,


e titanicamente ardorosa.



Hoje quero falar deste silêncio


que não consegue calar a saudade.


Às vezes me dói,


às vezes até me alivia,


e já não me amedronta,


apenas me entristece,


porque faz as minhas palavras


parecerem folhas secas!