sábado, 3 de maio de 2008

Mãos

Eis as minhas mãos
Tão nuas
E dilaceradas de ilusões
São tuas

Não tenho a quem oferecer
Ninguem as quer
São as mãos tão calejadas
De uma mulher

Que se deu demais
Que perdeu a paz
Por acreditar
Que fôsse capaz

De domar o amor
Ser espinho e flôr
Criar alegria
Na dor

Toma as minhas mãos
Perdoa
Estas mãos desfiguradas
Tão boas

Que te amaram tanto
Te afagaram tanto
E que escondem o encanto
Do amor de mulher .