A GAIVOTA...
Será aquela gaivota que tanto busco, quero e sonho!
Aportou-se na ilha do carinho, onde agora ancorado
Sem vanglória, lado a lado, amparo lhe proponho...
Ao cair da tarde não me passou despercebido o chamado
Do grito de socorro, com o cantar triste, saudoso e aflito...
Submersos no porão, da mazela, d’alma findou-se o atrito
Não será gaivota presa, nem lúgubre e isolado do céu;
Em pleno oceano, como dois pássaros, de mão dados...;
Fantasiando no ar..., voará livremente, encanto ao léu...
O sol voltou-lhe a brilhar, num alto ramo, nesse amanhecer
Serei o braço forte e de lágrimas de saudades não irá morrer,
Terá escudo, dou-lhe guarida e o porto seguro a lhe proteger...
A vida é um descompasso, se não pudermos ser abraçados
Somos agora duas gaivotas a voar no poente entrelaçados...
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