Chuva de Granizo
Uma manhã de sol em névoas...
Cinza claro, em surtos ensurdecedores no chão
Caem luzes súbitas, desembocando nas relvas
Crepúsculo de raios, irmão do trovão
A sombra ofusca resplandecente
Em um piscar, cintila clarividente
Sente-se o frescor do gelo gramíneo
Enrijecido, embala a linha retilíneo
Vê-se ao final entreaberta na serra
Água em forma de pedra clara, chuva de granizo
Arrancam, enfurecem e acalmam a terra
Um balé de formas de cores límpidas e cálidas
Em sons orvalhados, estrelando gotículas
Um retrato desenhado em espelho d'água!
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