sexta-feira, 2 de maio de 2008

Chuva de Granizo

Uma manhã de sol em névoas...

Cinza claro, em surtos ensurdecedores no chão

Caem luzes súbitas, desembocando nas relvas

Crepúsculo de raios, irmão do trovão



A sombra ofusca resplandecente

Em um piscar, cintila clarividente

Sente-se o frescor do gelo gramíneo

Enrijecido, embala a linha retilíneo



Vê-se ao final entreaberta na serra

Água em forma de pedra clara, chuva de granizo

Arrancam, enfurecem e acalmam a terra



Um balé de formas de cores límpidas e cálidas

Em sons orvalhados, estrelando gotículas

Um retrato desenhado em espelho d'água!