A cor dos nossos versos
Fui pela madrugada, sorrateiro,
Para ler teus poemas coloridos
Que os meus andam cinzentos, escondidos
Sob a tristeza que há no meu tinteiro.
Rascunho guardanapos dia inteiro
Mas nada impressiona os meus sentidos
E os meus versos insonsos descabidos
Vão engrossar o rol do meu lixeiro.
Ó musa por que ruas é que andaste?
O que fizeste à cor do meu contraste,
Que coloria os versos que fazia?
Onde guardaste a cor que em mim jorrava
E que prodigamente despejava
Sobre os versos de amor que te escrevia?
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