sexta-feira, 11 de abril de 2008

As vezes me perco

Já lá vão trinta e quatro duros anos…
Já vai a meio a minha caminhada
E quando olho pra trás não vejo nada,
Do que foram projectos e meus planos.

Bandidos pensamentos: meus tiranos,
Deixavam a minha alma atormentada
Mas pela mão de Deus sempre apoiada
Tem resistido bem sem grandes danos.

Quando me for de cá quero ir leve,
Sem ódio nem rancor: nada que pese.
Irei sem um lamento, sem um grito.

Meu corpo há de morrer, é lama, é pus.
Minha alma viverá é etérea, é luz
E há de ir iluminar o infinito!