segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Deixa-me o Sonho...

Vou brindar a mesma estrela,
A quinta a partir da vésper,
e chorar a minha dor,
pois sempre me engano.

Estrela luzente sei que queres
levar contigo minhas ilusões,
minh' alma, os desconsolos,
a minha canção de sofrer.

Queres deixar a poeta sem vida,
sem rumo, sem orientação.
Deixar sem o perfume dos bosques,
sem a aragem que empurra as nuvens,
sem a brisa salgada do mar...

Toldar o sol que cintila,
Ofuscar o milagre da flor que nasce,
Calar o suspiro saudoso do coração amante,
Com toda a vida a partilhar.

... Preciso do meu caminhar.
Preciso andar pela minha cabeça e
pela dos outros com as minhas quimeras.
Deixa-me o sonho, ó estrela!