domingo, 28 de setembro de 2008

UM AMOR...

Um amor pode ser de vários tamanhos,
pode ter várias formas,
vários pesos, várias medidas.
Pode ser profundo ou superficial,
maduro ou infantil, longo ou curto,
pode passar como um tufão
ou como uma brisa de verão,
pode ser sentido ao longe ou bem pertinho.

Um amor troca um beijo, um carinho,
uma emoção, um afago, um perdão.

Um amor troca confidências, troca juras,
troca feitiço, troca dúvidas e experiências.

Um amor pode ser forte ou fraco,
distraído ou atento,
pode vencer tormentas, dissabores
e oferecer alento.

Um amor pode sobreviver a distâncias
e atravessá-las num segundo através do pensamento.

Um amor é como um vício, uma droga,
desencadeado por uma paixão ardente.

Um amor produz sorrisos, momentos perfeitos,
produz sonhos e insônias,
produz palpitações, angústias,
agonias e ilusões.

Um amor verdadeiro se perde no tempo,
caminha pelo passado,
atua no presente, se encaminha para o futuro
e adormece na eternidade.

Um grande e verdadeiro amor ilustra noites
enluaradas e dias ensolarados.

Um amor tem lembranças de lugares,
de cheiros, de músicas e de sons.

Um amor tem sabores, às vezes doces,
outras vezes amargos,
mas todos sempre bem saboreados.

Um amor pode iluminar a vida ou escurecer o coração.

Um amor pode ser real,
virtual ou transcendental,
porém sempre será igual.

Um amor pode ser impossível, improvável,
mas pleno no coração.
Pode ter testemunhas ou ser oculto
e mesmo assim ser vivido intensamente.

Pode ser clandestino e anônimo,
pode ter o nome de uma flor
e ainda assim ser um grande amor.

Um amor pode ser castigado pelas agruras da vida
e persistir inalterado e majestoso.

Um amor de verdade pode jamais se consumar
e ser forte como uma rocha,
profundo como o fundo do mar.

Um amor pode ser arriscado,
difícil, perigoso, inadequado,
mas mesmo assim almejado e correspondido.

Um amor pode sobreviver a intrigas,
invejas, calúnias e sair vencedor.

Um amor de verdade não vê idade, cor, religião,
raça ou aparência,
não tem preconceitos, nem preceitos,
não faz distinções.

Um amor não fere e se ferir, assopra.

Um amor tem marés, altas e baixas, fracas e fortes.

Um amor pode ter muitas histórias,
fabricar poemas, inspirar versos e canções.

Um amor não tem perguntas,
porque jamais necessita de respostas.

Um amor precisa para adormecer
a companhia de um outro amor
e para despertar um toque desse mesmo amor.

Um amor pode ser contido, travado,
reprimido, ou declarado.

Um verdadeiro amor pode subir montanhas,
cair em precipícios, atravessar desertos,
envolver-se em tempestades,
afundar em oceanos
e ainda assim sobreviver.

Um amor pode dar frutos e lançá-los ao mundo
cobertos de amor também.

Um amor tem cores, o branco da paz, o azul do afeto,
o rosa do carinho e o vermelho da paixão.

Um amor comete loucuras, por vezes se arrepende
e volta a cometê-las novamente.

Um amor de verdade dá espaço, cede momentos,
expõe idéias, lança argumentos,
sem jamais violar sentimentos.

Um amor pode escravizar-se e sentir-se livre.

Um amor profundo acontece,
resplandece, revigora-se e amadurece.

Um amor pode ser sábio, desinteressado,
confiante e altruísta.

Um amor de verdade pode se perder
na poeira do tempo,
pode se desfazer através dos anos,
mas sempre terá sido um amor imenso.

Um amor pode ser eterno ou fugaz,
pode ser o primeiro ou o último,
novo ou velho... mas ardente.

Um amor só não suporta ser vivido,
sonhado e mantido sozinho.

Um amor precisa de outro amor para sobreviver,
se assim não for, não terá sido um amor,
terá sido apenas uma grande dor.